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| (O Grito, Edvard Munch, 1893) |
Se te chamo insistente
A voz já enfraquecida
Se insisto assim demente
A crença entorpecida
Se te cobro assim valente
Posse estabelecida
É porque grita o sentimento
Permeado em gelo e dor.
Se imploro assim sem rosto
Sem orgulho e sem saída
Se pernoito na fumaça
Sem estima e sem medida
É porque se esvai o medo
E se apresenta, oferecida,
A definição do fim do amor.

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